sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Fábrica de Vagões Santa Fé - Trajetória de Implantação



          Nesta seção sera mostrada a trajetória de instalação da fábrica de vagões -  A Santa Fé Vagões
          Ano de 2005 foi decisivo para fechar o acordo entre Prefeitura e a Direção da fábrica .
           Em cada bloco, a seguir, é mostrada uma lista de matérias de jornais locais: A Razão e Diário,
             apresentada naquela ordem. Clique no link ativo e veja seu conteúdo. É possível aumentar o
               tamanho de letra, pois está em texto PDF.

             1. Para ficar com a fábrica de vagões, é preciso unir e agir
                 União de esforços pela Santa Fé
                 Incentivos ainda são um mistério
                 Prefeitura apresenta proposta à Santa Fé
                 Cartas na mesa para atrair fábrica
                 Pacote recheado de incentivos                Clique aqui

             2. Prefeitura deu  mais de 25 telefonemas em 6 dias
                 Emai fornece mão de obra  # Vagas de Emprego
                 Quero um emprego, o que fazer ?
                 Empregos só em outubro
                 Oficinas também fabricam peças
                 Fábrica de vagões é setor restrito a poucas empresas        Clique aqui

             3. Eles pôem fé na Santa Fé
                 Nada de renuncia fiscal                          
                 Enviado à Câmara Projeto de Incentivos a Santa Fé
                 Fábrica de vagões vem para o Km3
                 Hora de partir para a obra da fábrica        Clique aqui

            4. Por dentro da fábrica de vagões
                Sine começa seleção para vagas na Santa Fé
                incentivos foram decisivos
                Santa Fé quer investir mais em Santa Maria
                Estamos resgatando uma dívida com Santa Maria          Clique aqui

           5. Selo de Santa Maria - Conheça como funciona o novo produto
               Incentivos na Câmara
               Pronto para entrar na linha(o vagão)
               Primeiro vagão estará pronto em Dez 2005
               Primeiros 10 vagões prontos para andar
               Santa Fé amplia investimentos
               Vagões são vendidos como sucata              Clique aqui

      Todos  os governos municipais vem, ao longo dos últimos anos,  se empenhando em trazer para Santa Maria empresas do Ramo Industrial, porém, poucas  manifestaram interesse em vir se instalar no Coração do Rio Grande do Sul - a nossa Santa Maria da Boca do Monte.
     No início do ano de 2005, a empresa Santa Fé Vagões, composta pelo Grupo ALL - América Latina Logística(uma das Concessionárias das Ferrovias  Brasileiras), mais a empresa Millinium(formada pela brasileira Cirra do Brasil e a Indiana Besco), iniciou as tratativas de se instalar em Santa Maria, RS.  
       Duas cidades passaram a disputar a preferência  na instalação: Santa Maria,RS e Ponta Grossa,PR. A novel empresa passou a analisar as ofertas de vantagens de cada uma, envolvendo instalações e isenção de tributos. 
       Santa Maria ganhou a preferencia para se instalar nas antigas Oficinas do KM3, onde já havia funcionado a reparação de vagões da extinta RFFSA.
        Vejam, nos links acma, os recortes de jornais da cidade: A Razão e Diário de Santa Maria, que deram cobertura de todo o desenrolar das tratativas.
       Como se observa nestes recortes de jornais, houve um constante acompanhamento pelo poder público municipal  e pela população local, durante todo o processo de instalação da fábrica Santa Fé Vagões.
    Nessa trajetória  de entendimento e acordos, houveram muitas contradições a respeito da capacidade da empresa cumprir suas promessas de número de empregos, quantidade a produzir e prazos, em troca de incentivos fiscais do Município e do Estado. 
         Todos os santa-marienses vem apoiando qualquer iniciativa de trazer empresas industriais para Santa Maria, porém nem sempre é possível avaliar a capacidade  e a perspectiva de produzir com sucesso aquilo que pretendem. Em se tratando de veículos ferroviários, o sucesso depende também  e, muito, da  experiencia e vivência da empresa nessa modalidade. 
       No dia da inauguração da fábrica, lá compareceram pessoas leigas em ferrovia, mas esperançosas e, outras, com conhecimento e vivência no ramo, mas desconfiadas. Os leigos otimistas alegavam que a iniciativa privada tinha mais condições e autonomia para gerir e injetar recursos numa fábrica do que uma estatal como a RFFSA, daí a possibilidade de decolagem. Também defendiam a possibilidade, como anunciavam seus diretores,  de exportar seus produtos para os países vizinhos do Mercosul. Sabe-se  também que os Hermanos vivem pior situação ferroviária que os brasileiros.
        Numa rápida inspeção visual dos equipamentos instalados, comparados com os existentes quando a RFFSA usava para reparação de vagões, percebia-se a precariedade inicial das instalações para um começo de  grande arrancada. 
         Foi mostrado um protótipo de vagão a ser fabricado, do tipo HFD, graneleiro, com carregamento superior e descarga  em tres a quatro compartimentos em forma de pirâmide invertida. Estava prestes a ser fabricado um só tipo de vagão que seria usado de 4 a 5 meses do ano no transporte de grãos - época de maior produção agrícola no País. 
          Questionava-se porque as principais fábricas de vagões no Brasil foram fechadas. Alegavam falta de encomendas por parte da RFFSA e também pelas concessionárias. Entre elas estavam: Santa Matilde, Cobrasma, FNV - Fábrica Nacional de Vagões e outras. No RGS a Maxion e a Randon, sobreviventes, trabalhavam com capacidade ociosa. 
             A Santa Fé Vagões prometeu 400 a 500  empregos diretos e 1000 indiretos. Não passou de 250 diretos,  passando logo para 200, e foi baixando, de modo que hoje(Out 17) tem no máximo 40, sendo 10 exercendo atividade de revisão de vagões no Porto de Rio Grande. Terminada a encomenda feita pela Concessionária ALL- América Latina Logística, o Diretor da empresa deixou o cargo e, o novo Diretor passou a fazer reparação e transformação de vagões, e não mais fabricação. Resta aí a dúvida, os incentivos para industria continuam valendo para a reparação de vagões ? A ALL passou o controle e a razão social para a RUMO que é a nova concessionária. Também não faz mais parte da Santa Fé Vagões. 
         Os santa-marienses, de modo geral, acreditaram nas promessas da Santa Fé Vagões. Os que não acreditavam, pelo menos, não atrapalharam as negociações. Se  não foi possível a  Sta Fé  cumprir suas promessas, ninguém deve se sentir responsável pelo que não deu certo. Deve, sim, se sentir orgulhoso e vitorioso em trazer a empresa para Santa Maria, na esperança de criar inúmeros e prolongados postos de trabalho.  Se esta empresa não deu certo, outras podem ser vitoriosas.  A certeza do sucesso num empreendimento só acontece se enfrentar o desafio e o risco. É melhor errar fazendo do que não fazer por receio de errar.       



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