Ano de 2005 foi decisivo para fechar o acordo entre Prefeitura e a Direção da fábrica .
Em cada bloco, a seguir, é mostrada uma lista de matérias de jornais locais: A Razão e Diário,
apresentada naquela ordem. Clique no link ativo e veja seu conteúdo. É possível aumentar o
tamanho de letra, pois está em texto PDF.
1. Para ficar com a fábrica de vagões, é preciso unir e agir
União de esforços pela Santa Fé
Incentivos ainda são um mistério
Prefeitura apresenta proposta à Santa Fé
Cartas na mesa para atrair fábrica
Pacote recheado de incentivos Clique aqui
2. Prefeitura deu mais de 25 telefonemas em 6 dias
Emai fornece mão de obra # Vagas de Emprego
Quero um emprego, o que fazer ?
Empregos só em outubro
Oficinas também fabricam peças
Fábrica de vagões é setor restrito a poucas empresas Clique aqui
3. Eles pôem fé na Santa Fé
Nada de renuncia fiscal
Enviado à Câmara Projeto de Incentivos a Santa Fé
Fábrica de vagões vem para o Km3
Hora de partir para a obra da fábrica Clique aqui
4. Por dentro da fábrica de vagões
Sine começa seleção para vagas na Santa Fé
incentivos foram decisivos
Santa Fé quer investir mais em Santa Maria
Estamos resgatando uma dívida com Santa Maria Clique aqui
5. Selo de Santa Maria - Conheça como funciona o novo produto
Incentivos na Câmara
Pronto para entrar na linha(o vagão)
Primeiro vagão estará pronto em Dez 2005
Primeiros 10 vagões prontos para andar
Santa Fé amplia investimentos
Vagões são vendidos como sucata Clique aqui
Todos os governos municipais vem, ao longo dos últimos anos, se empenhando em trazer para Santa Maria empresas do Ramo Industrial, porém, poucas manifestaram interesse em vir se instalar no Coração do Rio Grande do Sul - a nossa Santa Maria da Boca do Monte.
No início do ano de 2005, a empresa Santa Fé Vagões, composta pelo Grupo ALL - América Latina Logística(uma das Concessionárias das Ferrovias Brasileiras), mais a empresa Millinium(formada pela brasileira Cirra do Brasil e a Indiana Besco), iniciou as tratativas de se instalar em Santa Maria, RS.
Duas cidades passaram a disputar a preferência na instalação: Santa Maria,RS e Ponta Grossa,PR. A novel empresa passou a analisar as ofertas de vantagens de cada uma, envolvendo instalações e isenção de tributos.
Santa Maria ganhou a preferencia para se instalar nas antigas Oficinas do KM3, onde já havia funcionado a reparação de vagões da extinta RFFSA.
Vejam, nos links acma, os recortes de jornais da cidade: A Razão e Diário de Santa Maria, que deram cobertura de todo o desenrolar das tratativas.
Como se observa nestes recortes de jornais, houve um constante acompanhamento pelo poder público municipal e pela população local, durante todo o processo de instalação da fábrica Santa Fé Vagões.
Nessa trajetória de entendimento e acordos, houveram muitas contradições a respeito da capacidade da empresa cumprir suas promessas de número de empregos, quantidade a produzir e prazos, em troca de incentivos fiscais do Município e do Estado.
Todos os santa-marienses vem apoiando qualquer iniciativa de trazer empresas industriais para Santa Maria, porém nem sempre é possível avaliar a capacidade e a perspectiva de produzir com sucesso aquilo que pretendem. Em se tratando de veículos ferroviários, o sucesso depende também e, muito, da experiencia e vivência da empresa nessa modalidade.
No dia da inauguração da fábrica, lá compareceram pessoas leigas em ferrovia, mas esperançosas e, outras, com conhecimento e vivência no ramo, mas desconfiadas. Os leigos otimistas alegavam que a iniciativa privada tinha mais condições e autonomia para gerir e injetar recursos numa fábrica do que uma estatal como a RFFSA, daí a possibilidade de decolagem. Também defendiam a possibilidade, como anunciavam seus diretores, de exportar seus produtos para os países vizinhos do Mercosul. Sabe-se também que os Hermanos vivem pior situação ferroviária que os brasileiros.
Numa rápida inspeção visual dos equipamentos instalados, comparados com os existentes quando a RFFSA usava para reparação de vagões, percebia-se a precariedade inicial das instalações para um começo de grande arrancada.
Foi mostrado um protótipo de vagão a ser fabricado, do tipo HFD, graneleiro, com carregamento superior e descarga em tres a quatro compartimentos em forma de pirâmide invertida. Estava prestes a ser fabricado um só tipo de vagão que seria usado de 4 a 5 meses do ano no transporte de grãos - época de maior produção agrícola no País.
Questionava-se porque as principais fábricas de vagões no Brasil foram fechadas. Alegavam falta de encomendas por parte da RFFSA e também pelas concessionárias. Entre elas estavam: Santa Matilde, Cobrasma, FNV - Fábrica Nacional de Vagões e outras. No RGS a Maxion e a Randon, sobreviventes, trabalhavam com capacidade ociosa.
A Santa Fé Vagões prometeu 400 a 500 empregos diretos e 1000 indiretos. Não passou de 250 diretos, passando logo para 200, e foi baixando, de modo que hoje(Out 17) tem no máximo 40, sendo 10 exercendo atividade de revisão de vagões no Porto de Rio Grande. Terminada a encomenda feita pela Concessionária ALL- América Latina Logística, o Diretor da empresa deixou o cargo e, o novo Diretor passou a fazer reparação e transformação de vagões, e não mais fabricação. Resta aí a dúvida, os incentivos para industria continuam valendo para a reparação de vagões ? A ALL passou o controle e a razão social para a RUMO que é a nova concessionária. Também não faz mais parte da Santa Fé Vagões.
Os santa-marienses, de modo geral, acreditaram nas promessas da Santa Fé Vagões. Os que não acreditavam, pelo menos, não atrapalharam as negociações. Se não foi possível a Sta Fé cumprir suas promessas, ninguém deve se sentir responsável pelo que não deu certo. Deve, sim, se sentir orgulhoso e vitorioso em trazer a empresa para Santa Maria, na esperança de criar inúmeros e prolongados postos de trabalho. Se esta empresa não deu certo, outras podem ser vitoriosas. A certeza do sucesso num empreendimento só acontece se enfrentar o desafio e o risco. É melhor errar fazendo do que não fazer por receio de errar.
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